Saudades-Brancas
Vejo-te
passeando pelas ruas
Teus passos ecoam lembranças
e propagam o ar da nostalgia.
Teu inolvidável nome, remanescente,
martela em meus pensamentos
Entre amêndoas e onças,
és tu minha amada Mendonça.
Entre perdas, lembranças e tristezas
meu peito descarnado inflama em
viva-chama.
Ele clama:
Lusitanas! Brancas flores lusitanas!
Rever o que agora se encontra longe
como tu
É fazer pulular minha alma de
Saudades-Brancas.
O anseio de meu tato
É novamente passear em teus vales.
Mergulhar minha língua... Novamente...
Em tua saliva
seria como mergulhar ao por do sol...
e flutuar através dos horizontes dos
mais belos e brandos mares.
Ah! Praias brancas.
Ah, minha vó! Perdi meu passarinho,
perdi minha flor.
Perdi o amor, o brilho, minh’alma,
perdi meu beija-flor...
Da tua terna inocência, frágil e
constante
ao calvário da solidão e
arrependimento.
Do esbanjar cornucopioso de teus
sorrisos e amores
à escassez de meus vital alimento.
Perdi meu passarinho...
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